segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Um Novo Despertar

Quando veio o Caos, tormento se fez
Onde busquei refúgio, o vazio encontrei
Nesse nada me refiz em movimento e ação
Só no espelho então recuperei a direção
Daí pude ver também você
Refletida ao longe a me esperar
Natural é o nosso encontro e troca
Porque não “a via”* antes?
“Os frutos mais saborosos são os colhidos maduros...”
Tempo perdido?
Não, tempo preciso.
Recheado de surpresas e emoção...
A vida é assim, sem controle... de hora, momento e lugar
Felicidade agora é minha nau, onde o porto segue a flutuar
Sem pressa de chegar à fonte que nos une, seja ela rio ou mar,
Gosto mesmo é o desvendar diário do há de bom em mim, em vc e em nós!



* e/ou havia 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Pandora

Afoita, revira porões em busca do ‘tesouro’ proibido
Caixas esquecidas, misturadas sem qualquer ordem
De toda sorte de cores, formatos e tamanhos
Guardam mistérios, sementes e afetos

Decoradas com lágrimas, pensamentos e saberes
Se abrem com sorrisos e mágicos dizeres
E como se deste ato dependesse sua existência
Proclama em alta voz as palavras-chave

Desconhecendo Tiamat que repousa em sono leve
Sem prever, mas agora sabendo, o perigo limítrofe
Prossegue visceral seguindo pelo prazer da busca

Tânatus, que em uma das caixas estava, acorda a feroz guardiã...
Memórias, pesadelos, dores, descobertas e atingem pandora
Lutaram os três, até que ela, ao secar os olhos, pôde ver Eros,
Ele a aguardava com o pote de ouro nas mãos: toma e segue o teu destino, Pandora.
E Lembre-se pra tudo tem um preço, por vezes alto
Por tanto tenha reservas e cautela, saiba gozar das recompensas
E seja você, sempre, o seu maior credor.
(Em 27/10/11).

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Sede

Embriagada de uma sobriedade que não permite sonhar
Doe no corpo o que na alma sangra e salga os olhos
Algozes são os atos, fatos em hiatos febris
Esdrúxulo caminho percorrido a sós, deslaços e nós
Atados em fontes vãs, insanas e metonímicas
De líquidos inexistentes, que a fome devora e não sacia
Nos lábios outrora quentes é que o frio arde mais
E busca no caos, a paz... mesmo que tardia.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Produto

Meu querido inconsciente de todo dia,
Poderosa é a tua letra.
Dai-me olhos e verei, mas ouvirei o que convém.
Nem tanto ao céu, nem tanto ao mar o teu querer.
A fome é o vazio na alma, em todo o tempo e lugar.
Barra o sujeito e a falta castra. Castra e barra, falta.
Super-Gozo não existe, Ego!
Mas DESEJAR, não mata!
Porque tens o Real, Simbólico e Imaginário...
Então... que assim seja!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

O vento de Iansã

Encanto, Sensibilidade, Energia...
"Ou toca, ou não toca"*... e fui tocada... se toquei, eu não sei.
Mas também nem sei se faz diferença neste momento.
O importante, é que o vento balançou as folhas e as flores.
Fez redemoinhos em meus pensamentos e varreduras nos velhos sentimentos.
Descobri que há sempre o novo, o belo, o adiante...
Há sempre algo a ser re-significado com toda a extraordinária leveza, suavidade e simplicidade... de momentos e pessoas únicas, que atravessam o nosso caminho e se vão... como um vento de Iansã.

*Clarice Lispector

quarta-feira, 27 de julho de 2011

"..."

Atravessada pelo real...
Um lugar onde o simbólico das palavras, não dão conta do que sinto.
Tento, mas elas não cabem, escapam...
Densas, leves, imparciais, intensas...
As palavras não tomam partido de mim, do que vivo comigo.
Talvez, pela falta delas, me quebro em atos confusos... me rasgo e me engasgo, em medo e paixões...

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Aprendendo

rs...................   se vai ter algo aki, eu nem sei... mas... gostei da idéia!