terça-feira, 25 de outubro de 2011

Sede

Embriagada de uma sobriedade que não permite sonhar
Doe no corpo o que na alma sangra e salga os olhos
Algozes são os atos, fatos em hiatos febris
Esdrúxulo caminho percorrido a sós, deslaços e nós
Atados em fontes vãs, insanas e metonímicas
De líquidos inexistentes, que a fome devora e não sacia
Nos lábios outrora quentes é que o frio arde mais
E busca no caos, a paz... mesmo que tardia.

Um comentário:

  1. Nunca é tarde para a busca sincera e decidida da paz. Importante saber que não é em nenhum lugar do lado de fora, mas exatamente dentro de nós que ela se encontra. Para mim, consiste em aprender a lidar com algumas lutas que serão travadas incessantemente e para sempre, pois somos feitos de sentimentos antagônicos, e equilibrá-los é tarefa para a vida toda. O meio do caminho talvez seja aceitar-se, perdoar-se, amar-se, para aí então conseguir aceitar, perdoar, amar... o outro.

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