terça-feira, 25 de outubro de 2011

Sede

Embriagada de uma sobriedade que não permite sonhar
Doe no corpo o que na alma sangra e salga os olhos
Algozes são os atos, fatos em hiatos febris
Esdrúxulo caminho percorrido a sós, deslaços e nós
Atados em fontes vãs, insanas e metonímicas
De líquidos inexistentes, que a fome devora e não sacia
Nos lábios outrora quentes é que o frio arde mais
E busca no caos, a paz... mesmo que tardia.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Produto

Meu querido inconsciente de todo dia,
Poderosa é a tua letra.
Dai-me olhos e verei, mas ouvirei o que convém.
Nem tanto ao céu, nem tanto ao mar o teu querer.
A fome é o vazio na alma, em todo o tempo e lugar.
Barra o sujeito e a falta castra. Castra e barra, falta.
Super-Gozo não existe, Ego!
Mas DESEJAR, não mata!
Porque tens o Real, Simbólico e Imaginário...
Então... que assim seja!